Nas grandes cidades brasileiras, o tema segurança condominial está sempre em pauta. Recentemente, porém, um alerta inusitado chamou a atenção de síndicos e moradores: a crescente incidência de invasões cometidas por jovens, aparentemente inofensivos, que se disfarçam como visitantes ou entregadores para acessar condomínios e praticar pequenos furtos. O fenômeno desafia os padrões tradicionais de segurança e pede uma reflexão urgente: será que estamos realmente preparados para este novo perfil de risco?

Mudança de Perfil: Por que os “inofensivos” preocupam mais?

Historicamente, a atenção dos porteiros e zeladores era voltada para “pessoas suspeitas”, em geral adultos, solitários, com atitudes estranhas. Só que, em tempos de aplicativos de entrega e circulação intensa de jovens nos centros urbanos, criminosos têm se aproveitado desse estereótipo para inovar. Segundo levantamento do SíndicoNet, o aumento dos casos envolvendo jovens de boné, mochila e celular nas mãos acendeu o sinal de alerta em dezenas de condomínios do país.

Táticas Modernas: Como eles entram?

A estratégia é simples e, ao mesmo tempo, sofisticada: os invasores transitam de cabeça baixa, fingindo conversar ao telefone ou chamar alguém pelo interfone, usam mochilas para parecerem entregadores, e contam com a distração da portaria, especialmente em horários de maior movimento. Muitas vezes, aproveitam momentos de entrada/saída de moradores, ou fingem estar esperando alguém.

O papel do síndico e da equipe: Atenção redobrada (sem preconceito)

Mais do que nunca, o treinamento da equipe de portaria faz diferença. O segredo não está em desconfiar de todos os jovens, mas sim em adotar procedimentos claros e padronizados: checar identificação, evitar liberar acessos sem confirmação, e promover uma cultura interna de vigilância sem discriminação. Reforçar câmeras, investir em tecnologia de controle de acesso e incentivar a comunicação entre vizinhos são medidas essenciais.

Casos reais: O que dizem os especialistas?

Condomínios que atualizaram protocolos e promoveram campanhas internas conseguiram reduzir em até 80% as tentativas de invasão, segundo especialistas ouvidos por veículos do setor. A chave do sucesso? Informação, rotina bem definida e engajamento do corpo de funcionários.

O cenário mudou – e as soluções precisam evoluir junto. Seu condomínio já está preparado para este novo tipo de ameaça?
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